Cuidados Nefrológicos no Paciente Oncológico
Cuidados Nefrológicos no Paciente Oncológico: Por Que o Rim Precisa de Atenção Durante o Tratamento do Câncer
Pacientes em tratamento oncológico enfrentam uma série de desafios que vão além do combate ao tumor. Os rins, muitas vezes esquecidos, desempenham papel fundamental na eliminação de resíduos e medicamentos do organismo, e podem ser diretamente afetados pela própria doença ou pelos efeitos colaterais da quimioterapia, radioterapia e outras terapias.
Na nossa clínica, atuamos na prevenção, detecção precoce e manejo de complicações renais em pacientes oncológicos, garantindo a segurança e eficácia do tratamento do câncer sem comprometer a função renal.
Por Que Pacientes Oncológicos Precisam de Acompanhamento Nefrológico?
Diversas drogas quimioterápicas são potencialmente nefrotóxicas.
A desidratação, comum durante o tratamento, prejudica a perfusão renal.
A própria carga tumoral pode gerar complicações renais, como síndrome de lise tumoral.
A radioterapia direcionada para áreas abdominais pode afetar os rins.
Medicamentos de suporte (antieméticos, antibióticos) também podem sobrecarregar os rins.
O nefrologista atua na prevenção de lesões renais, avaliação de risco e intervenção precoce para preservar a função dos rins.
Principais Complicações Renais em Pacientes Oncológicos
Injúria renal aguda (IRA).
Nefropatia induzida por contraste iodado.
Síndrome de lise tumoral (SLT).
Doença renal crônica secundária à toxicidade cumulativa.
Distúrbios hidroeletrolíticos (como hiperpotassemia e hipocalcemia).
Proteinúria e hematúria.
Alterações na pressão arterial.
Medicamentos Quimioterápicos Potencialmente Nefrotóxicos
Cisplatina e carboplatina.
Metotrexato em altas doses.
Ifosfamida.
Antibióticos aminoglicosídeos (usados no suporte infeccioso).
Inibidores da tirosina quinase, entre outros.
A avaliação prévia e o acompanhamento contínuo são essenciais para ajustar doses e prevenir danos irreversíveis.
Como o Nefrologista Atua no Paciente Oncológico
Avaliação da função renal antes, durante e após o tratamento oncológico.
Monitorização de creatinina, ureia, eletrólitos e proteinúria.
Ajuste das medicações conforme função renal.
Hidratação adequada durante a quimioterapia.
Prevenção e tratamento da síndrome de lise tumoral.
Controle dos distúrbios hidroeletrolíticos.
Planejamento da terapia renal substitutiva em casos necessários.
Importância do Diagnóstico Precoce da Lesão Renal
Danos renais subclínicos podem passar despercebidos sem acompanhamento especializado. A detecção precoce permite:
Ajustar protocolos de quimioterapia sem interromper o tratamento do câncer.
Prevenir a evolução para insuficiência renal aguda ou crônica.
Melhorar o prognóstico global do paciente.
Acompanhamento Pós-Tratamento
Após a remissão do câncer, o acompanhamento nefrológico continua importante:
Pacientes curados do câncer podem desenvolver doença renal crônica anos depois.
Avaliações periódicas garantem a preservação da função renal a longo prazo.
